11 de mar. de 2008

Fernanda ... Guerreira!


Dia 20 de março fará um ano que descobri que estou com Leucemia. Cerca de um mês depois de eu começar meu tratamento, minha médica disse que uma garota de 18 anos também estava com Leucemia e estava muito abalada com a notícia. Minha médica pediu para que eu fosse conversar com ela, o que eu fiz na primeira oportunidade.

Nascia aí uma amizade ao mesmo tempo distante e respeitosa e muito íntima e próxima. Nossa doença nos aproximou, nossas experiências nos fortaleceram e juntos aprendemos muito da vida.

A Fernanda foi Guerreira (com G maiúsculo) lutou contra essa terrível doença e não esmoreceu. Mas essa traiçoeira doença nos privou de sua presença, de seu sorriso. Uma menina tão nova (apenas 19 aninhos completados em dezembro) e com tanta experiência de vida.

Gostaria de falar muito mais aqui, mas faltam-me palavras para expressar tudo que sinto, tudo que quero dizer.

Fica a minha homenagem, a minha saudade, a minha dor.

Beijos Nanda, seja feliz, onde quer que esteja.


Fernanda Couto
* 19/12/1989
† 11/03/2008

3 de mar. de 2008

O Tempo


Sempre fui fã de carteirinha de filmes de ficção científica. Desde clássicos como “Contatos Imediatos de Terceiro Grau“ (Close Encounters of the Third King, 1977), passando pelo doce “E.T. O Extra-Terrestre“ (E.T., The Extra-terrestrial, 1982), as séries “Jornada nas Estrelas“ (Star Trek) e “Guerra nas Estrelas“ (Star Wars) sem falar o magnífico “Contato” (Contact, 1997) com a supervisão técnica de Carl Sagan. Uma classe particular de filmes de ficção científica são os filmes que tratam de viagem no tempo. Também temos grandes clássicos como “A Máquina do Tempo“ (The Time Machine, 1960 e 2002), “De Volta para o Futuro“ (Back To The Future, 1985), “Minority Report – A Nova Lei“ (Minority Report, 2002) ou “O Som do Trovão” (A Sound of Thunder, 2005).
Esses filmes de viagem no tempo têm um grande problema, sempre deixam alguma coisa não explicada, alguma peça do quebra-cabeças sempre fica faltando, as coisas não se encaixam perfeitamente. O Tempo é a última grande fronteira do Ser Humano, ainda não dominamos as profundezas do espaço, mas viajamos pelo espaço. Ainda não dominamos o fundo dos oceanos, mas mergulhamos nele tão fundo a ponto de encontrar o Titanic. Mas e o Tempo? Continua uma incógnita.
Essa semana eu assisti a mais um filme de viagem no tempo: Trata-se de “Dejà Vu” (Dejà Vu, 2006) com Denzel Washington. Similar ao Minority Report que abria uma janela meio descontrolada para o futuro e, através dela se fazia investigações policiais, neste a janela (ainda meio descontrolada) se abre para o passado, mas o objetivo é o mesmo: desvendar um crime. Achei um excelente filme, muita ação, uma ficção Científica plausível mas...
Parece impossível achar uma equação que seja capaz de alguém viajar no tempo, alterar o passado e garantir uma linha de futuro plausível. Hollywood e diversos livros e pesquisadores (muitos deles conceituados) já sugeriram diversas explicações para essa lacuna. Uma delas é a de mundos paralelos. Através dessa teoria, a cada momento onde você pudesse agir de modo A ou de modo B seriam criados dois futuros distintos: o futuro de A e o futuro de B. O problema é que assim haveriam infinitos universos paralelos. Imagine quantas decisões você tomou na vida, agora imagine que para cada possibilidade de tomada de decisão fosse criado um mundo paralelo. Aí sim o Universo teria que ser infinito para comportar todas as variações de todas as decisões de todas as pessoas que existem, já existiram e hão de existir. PUTZ é coisa demais!
Uma variação dessa teoria é que existiriam apenas alguns pontos chaves onde seria possível criar um desvio na linha espaço-tempo. Seriam os chamados portais de tempo. Ou seja, nestes momentos e lugares o tempo poderia ser modificado, no restante do tempo ele seria rígido e inflexível. Mas o que têm esses portais de tão especiais que permitem uma quebra no tempo?
Meu pai era um grande crítico da ficção científica e sempre se perguntava: “Se é possível viajar no tempo, porque não tem ninguém do futuro nos visitando?”. Eu não tinha resposta, mas ele mesmo abria uma janela: “Talvez eles possam vir somente como visitantes, sem poder serem vistos ou poderem alterar qualquer coisa. Já pensou como seria fácil estudar história se pudéssemos abrir uma janela para o passado e ver o que aconteceu a milhares de anos?”
Bem... Einstein provou estar certo quanto à sua teoria da curva espaço tempo. Foi provado cientificamente a alguns anos atrás que realmente o espaço tempo pode ser deformado próximo a grande campos gravitacionais como os que existem próximos às estrelas e buracos negros. As perguntas que ficam agora são:
1 - Será possível dobrar o espaço tempo ao ponto de o plano se encontrar em dois pontos distintos? Se a resposta a essa pergunta for verdadeira, vem a segunda pergunta:
2 – Teremos um dia tecnologia suficiente para dominar tamanha força da natureza?