28 de mai. de 2009

O Domínio da Força da Gravidade


Em uma cidade do porte de Belo Horizonte, podemos sintonizar uma centena de emissoras em um aparelho de rádio. Só isso já basta para nos colocar a pensar: Você já parou para pensar quantas informações trafegam debaixo do seu nariz a todo momento? Diversas ondas de rádio atravessam seu corpo portando todo tipo de informação, são ondas de rádio (músicas e notícias), ondas de transmissão de TV, rádio comunicação (polícia, bombeiros, radioamadores, etc), ondas de satélite, computadores e diversos equipamentos com Wi-Fi e Bluetooth, ondas de telefonia celular e diversas outras que nem imaginamos. A Avenida Paulista provavelmente é o espaço eletromagnético mais congestionado do Brasil. Chutando, acho que se conseguíssemos capturar todas as informações que atravessam o corpo de uma pessoa em pé na Avenida Paulista, poderíamos encher um HD de tamanho considerável em alguns minutos.

Agora você já consegue ter uma idéia de quanta informação está trafegando debaixo de seu nariz neste exato momento? Pois é, a um século atrás, tínhamos algumas poucas rádios espalhadas pelo mundo e todo o espectro eletromagnético disponível. Hoje precisamos de agências reguladoras para colocar alguma ordem neste caos.

Da mesma forma que o domínio das ondas eletromagnéticas era um total absurdo a 200 anos atrás, imagino se não existe alguma outra forma de transmissão de informação, tão ou mais eficiente, que nos é totalmente desconhecida.

Bem, agora vou viajar na maionese e falar de uma tecnologia sem nenhum fundamento científico, coisa da minha cabeça. Vamos lá!

O homem, em sua supremacia tecnológica, domina hoje quase todas as forças da natureza (pelo menos as conhecidas). Mas existe uma força elementar que foge completamente ao domínio do homem: a força da Gravidade.

A força da gravidade é onipresente no planeta Terra. Mesmo no espaço, na chamada gravidade zero, o que existe é um equilíbrio entre as forças gravitacionais dos diversos corpos celestes. Mesmo aqui na Terra nós estamos sob a influência da gravidade de outros corpos celestes, como o Sol, Marte, Vênus e os outros planetas. Que o digam os pescadores, que têm seu trabalho cronometrado pelo movimento das marés, espetáculo magnífico promovido pela força gravitacional da Lua.

A força da gravidade é ao mesmo tempo insignificante e poderosa. Toda a massa do planeta Terra é capaz de produzir a força gravitacional que estamos acostumados e atrair uma moeda ao solo. Mas basta um pequeno pedaço de imã para vencer essa força e fazer uma moeda decolar do chão para o imã. Em termos de potência, a força da gravidade é insignificante perto de outras forças conhecidas por nós, como a energia elétrica, cinética (ou mecânica), química ou nuclear.

Mas a energia gravitacional tem algumas peculiaridades em relação às outras. A primeira é o seu alcance: O Sol atrai a terra, forçando-a a orbitá-lo, mas a Terra também atrai o Sol, forçando que ele faça um pequeno bamboleio atraído pela gravidade da terra. Apesar da Terra atrair o Sol com a mesma força que ela é atraída por ele, é óbvio que o efeito no Sol pela gravidade da Terra é muito menor que o contrário. O importante é entender que da mesma forma que a Terra interage gravitacionalmente com a Lua, ela também interage com o Sol, com os outros planetas, com as luas de cada um desses planetas, com cada meteoro vagando pelo Sistema Solar e mais, interage com aquele planetinha desconhecido lá do outro lado da Via Láctea! Interage também com os Sois e planetas de Andrômeda, nossa galáxia vizinha, e interage com o mais distante corpo da mais distante galáxia. O Universo é um equilíbrio de forças gravitacionais.

A outra peculiaridade da força da gravidade que eu gostaria de citar, é o fato dela ser instantânea. A luz do Sol demora cerca de 8 minutos para chegar a terra, ou seja, se o Sol explodisse agora, só veríamos a explosão daqui a 8 minutos. Andrômeda, a galáxia mais próxima da Via Láctea, está distante 2,5 milhões de anos luz. No entanto, o efeito da força de gravidade da Terra é instantâneo no universo. Se pudéssemos aumentar a força de gravidade do planeta, esse efeito seria instantaneamente sentido em todo o Universo.

Ao contrário das outras forças naturais, o homem ainda não descobriu uma forma de interagir com a força gravitacional. Não existe um campo antigravitacional e nem uma gravidade artificial como nos filmes de ficção científica. O que existem são artimanhas para criar um mergulho para simular a gravidade zero ou usar a força centrífuga para criar o efeito da gravidade no espaço, mas criar ou anular a força gravitacional ainda é um mistério para nós.

Agora chegamos ao ponto: Imagine que fosse possível modular a força gravitacional da mesma forma que modulamos a força eletromagnética. Poderíamos assim inserir informações nessa modulação e, ao demodular essa força em qualquer outro ponto do Universo, poderíamos extrair a informação original. Estaríamos criando um sistema de comunicação extremamente eficiente, sem delay de tempo que vemos nas transmissões via satélite, sem interferência de obstáculos (lembra-se que não existe um isolante gravitacional?).

Dessa forma, uma transmissão através de modulação gravitacional poderia ser captada no Japão sem necessidade de retransmissão e instantaneamente. Da mesma forma isso ocorreria em uma transmissão para Marte, para Andrômeda ou para qualquer lugar no Universo.

Quem sabe não vivamos para ver isso!

2 comentários:

  1. Achei teu blog pelo google, procurando a resposta da minha duvida observadora. Pois comugo com você a idéia de que quando o homem puder controlar em ambientes fechados a força gravitacional haverá uma grande revolução energética e tecnológica no mundo. Pois imagine uma hidroeletrica que não precise de rio, a agua circulando nas turbinas por diferença gravitacional. Adorei encontrar seu blog pois ainda não havia encontrado nada sobre o uso e controle da força gravitacional.

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  2. Fábio

    Obrigado pelo seu comentário. Também já procurei referências sobre controle gravitacional e encontrei muito poucas referências sérias sobre o assunto.
    Grande abraço

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